Muitos são os que julgam, condenam e amaldiçoam os espíritos que na Umbanda e no plano astral se mostram na roupagem de "Pombagira".
Prostitutas, maldosas, enganadoras, levianas, destruidoras de relacionamentos e famílias, será que todos estes adjetivos traduzem realmente espíritos comprometidos com a justiça divina, ou somente trazem a tona a personalidade escondida dentro de cada ser?
Vamos tentar entender sem nos alongar na questão do fator mediúnico.
Hoje em dia uma pequena massa dos ditos médiuns que trabalham com a linha de Umbanda, se dedicam a estudo sério e mais profundo sobre às mesmas. Na maior parte das vezes estão afundados em fantasias do ego descontrolado, procurando o "trabalho forte", "a mandinga perfeita", ou cursos que alimentam seu imaginário folclórico e associam com sua personalidade destorcida o que chamam de espíritos de luz ligados ao seu mediunato em desequilíbrio.
Nas "festas de terreiros" vamos encontrar o desfile da estupidez humana, onde vestidos com suas plumas e paetês, bebidas das mais variadas, cigarros em excesso, gargalhadas estridentes e o show do animismo exacerbado vão compondo o espetáculo que aos olhos dos leigos alimenta o preconceito e cria a imagem tão negativa sobre às pombasgiras que hoje esta enraizada no cotidiano popular.
Mas isso não é Pombagira.
O papel da Pombagira da espiritualidade
Para iniciarmos este estudo, se faz necessário que desconstruamos alguns conceitos como por exemplo que Pombagira só trabalha dentro de um terreiro de Umbanda ou que se diz seguir a linha de Umbanda. Os espíritos não estão preocupados com nomes ou bandeiras religiosas, mas sim, com causas que envolvam a humanidade.
Ao nos referirmos às Pombagiras, vamos encontrar espíritos respeitosos e que agem "descoagulando" energias mais densas que são deixadas em diversas situações no espaço etéreo como por exemplo: Hospitais, cadeias públicas, escolas, repartições públicas e nas próprias vias onde transitam os seres humanos durante o dia e a noite.
Estas energias coaguladas são o acumulo de pensamentos repetitivos e de baixa vibração disseminados pelos jornais, internet e redes sociais.
A cor vermelha que se projeta no giro que estes espíritos realizam tem sua função movimentadora onde em determinado ambiente contaminado por estas energias coaguladas vão gerando força centrifuga que vai dissipando às mesmas evitando assim o contágio psíquico das massas. Esta energia retirada é conduzida aos campos onde através da força elemental das folhas em sua coloração mais escura é consumida mantendo assim o equilíbrio do meio.
O consumo de bebidas, cigarros, roupas, colares, palavrões e atitudes levianas estão ligadas ao interior de cada médium que não zela pela sua reforma intima, projetando em seu exterior com a desculpa de "sua pombagira" o que traz mal resolvido dentro de si e claro como rege a lei "os afins se atraem", sendo assim, cada um traz ao seu lado o espírito que se afiniza com a vibração que cria e alimenta em sua mente.
Isso definitivamente não é Umbanda! Mas sim Obsessão por fascinação.
Pombagira não estimula sexualidade de ninguém, não amarra homem ou mulher, não precisa caracterizar o médium e não faz de seu palavreado um livro de palavrões e leviandade.
Pombagira é trabalhadora da justiça divina que atua em causas nobres que envolvem a humanidade e não um grupo de pessoas vaidosas e iludidas.
É hora de deixar que os espíritos falem é hora de mostrar o outro lado da moeda.
Apesar de serem poucos, ainda existem casas de Umbanda que são sérias em suas atividades com Pombagira.
Esperamos ter deixado ideias para serem refletidas, longe de nos elegermos donos da verdade.
Salve a Linha das Senhoras Pombagiras
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