đșAruanda
#ElementaisDaNatureza
Lembrei quanto me seria Ăștil a colaboração de Narcisa e experimentei. Concentrei-me em fervorosa oração ao Pai e, nas vibraçÔes da prece, dirigi-me a Narcisa encarecendo socorro. Contava-lhe, em pensamento, minha experiĂȘncia dolorosa, comunicava-lhe meu proposito de auxĂlio e insistia para que me nĂŁo desamparasse.
Aconteceu, entĂŁo, o que nĂŁo poderia esperar.
Passados vinte minutos, mais ou menos, quando ainda não havia retirado a mente da rogativa, alguém me tocou de leve no ombro.
Era Narcisa que atendia, sorrindo:
- Ouvi seu apelo, meu amigo, e vim ao seu encontro.
NĂŁo cabia em mim de contentamento.
A mensageira do bem fixou o quadro, compreendeu a gravidade do momento e acrescentou:
- NĂŁo temos tempo a perder.
Antes de tudo, aplicou passes de reconforto ao doente, isolando-o das formas escuras, que se afastaram como por encanto. Em seguida, convidou-me com decisĂŁo:
- Vamos Ă Natureza.
Acompanhei-a sem hesitação, e ela, notando-me a estranheza, acentuou:
- Não só o homem pode receber fluidos e emiti-los. As forças naturais fazem o mesmo, nos reinos diversos em que se subdividem. Para o caso do nosso enfermo, precisamos das årvores. Elas nos auxiliarão eficazmente.
Admirado da lição nova, segui-a, silencioso. Chegados a local onde se alinhavam enormes frondes, Narcisa chamou alguĂ©m, com expressĂ”es que eu nĂŁo podia compreender. DaĂ a momentos, oito entidades espirituais atendiam-lhe o apelo. Imensamente surpreendidos, via-a indagar da existĂȘncia de mangueiras e eucaliptos. Devidamente informada pelos amigos, que me eram totalmente estranhos, a enfermeira explicou:
- SĂŁo servidores comuns do reino vegetal, os irmĂŁos que nos atenderam.
E, Ă vista da minha surpresa, rematou:
- Como vĂȘ, nada existe de inĂștil na Casa de Nosso Pai. Em toda parte, se hĂĄ quem necessite aprender, hĂĄ quem ensine; e onde aparece a dificuldade, surge a ProvidĂȘncia. O Ășnico desventurado, na obra divina, Ă© o espĂrito imprevidente, que se condenou Ă s trevas da maldade.
Narcisa manipulou, em poucos instantes, certa substùncia com as emanaçÔes do eucalipto e da mangueira e, durante toda a noite, aplicamos o remédio ao enfermo, através da respiração comum e da absorção pelos poros.
(do livro NOSSO LAR – AndrĂ© Luiz/Chico Xavier. FEB).
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